Não seja o homem do amanhã
“Sirva a Deus agora mas esteja atento à maneira como você fará o que deve ser feito: 'com todas as tuas forças'. Faça-o prontamente; não desperdice sua vida pensando no que pretende fazer amanhã, como se pudesse, com isso, compensar a ociosidade de hoje. Nenhum homem serviu a Deus fazendo as coisas amanhã. Se honramos Cristo e somos abençoados — é pelas coisas que fazemos hoje.“ (Charles Spurgeon)
A consequência natural do que foi dito antes, qual seja: investir suas energias no que está sob seu controle e assumir responsabilidade, é deixar de “sacrificar o presente no altar do futuro”, como diria C. S. Lewis. Se por um lado o passado não pode ser mudado, tampouco o futuro pode ser previsto e, se temos alguma influência sobre o que há de vir, certamente ela se dá por meio do que de fato fazemos agora.
O homem do futuro quer fazer muitas coisas mas nunca faz nada. “Pensei em fazer isso” e “acabei nunca fazendo” são frases comuns na sua conversação. Sua cabeça vive nas nuvens, sempre esperando o futuro idealizado para o qual absolutamente não é digno hoje e tampouco esforça-se para ser.
Ele diz: “um dia vou comprar um Opala top”, mas seu Celta está caindo aos pedaços. O homem quer ter um carro clássico no futuro, mas hoje não se dá ao trabalho de visitar uma oficina ou um latoeiro, nem mesmo de comprar algumas peças pela internet. O pobre Celtinha nunca mais viu um pano com cera desde que foi comprado, mas o dono jura que um dia estará desfilando pelas ruas num Opala brilhante e reluzente. O óleo não é trocado tem mais de dois anos, mas na cabeça do dono a fantasia de rodar pelas estradas do Brasil num Opala bem ajustado corre solta.
Tanto tempo é gasto no mundo da fantasia que não sobra nenhum para treinar-se a fazer hoje o que pode ser feito hoje.
Como diria Theodore Roosevelt: “faça o que você pode, com o que você tem, onde você está”.