Temos este tesouro em vasos de barro

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. (2 Coríntios 4:5-7)

É fácil cair no engano de pensar que cumprir nosso papel masculino nesse mundo, com firmeza, coragem e força, deveria fazer-nos especiais de alguma maneira. Já falamos sobre a soberba, mas convém ainda falar sobre nossa posição de servos nesse mundo.

Nosso olhar deve ser elevado, mas não altivo. Nossos pensamentos devem estar atentos às coisas sublimes, mas plenamente conscientes das nossas próprias limitações. Nossa alma deve deleitar-se na pureza, mas sempre lembrando de nossa própria sujeira. Não precisamos estar constantemente abatidos, mas sempre devemos estar prontos a sermos quebrantados pelo Senhor.

Precisamos ser fortes, mas também brandos. Devemos ser firmes, mas longânimos. Devemos ser corajosos, mas também bondosos.

Não importa o quanto nos dediquemos ao nosso próprio desenvolvimento ou o quão bem desempenhemos nossos deveres nessa vida, é essencial que cada um entenda que não é melhor do que ninguém e que os olhos de Cristo são como chamas de fogo, e hão de penetrar nossa alma com a clareza de quem vê tudo, absolutamente tudo, o que se passa em nossos corações. Perante as pessoas, podemos até erguer fachadas, “pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7).

Se no fim das contas estamos nos considerando melhores que os outros, se desprezamos as pessoas à nossa volta, se nosso pescoço se torna mais duro, se nosso joelho não se dobra mais em oração, se nossa fé não é fortalecida e não manifestamos nosso dom de maneira amorosa, então estamos fazendo tudo errado e é necessário reavaliar nossos caminhos.

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, moderação. Contra estas coisas não há lei. (Gálatas 5:22,23)